A vida social de um homem de salário é pobre e pouco variada, como tudo o resto na sua vida. Acordamos e deitamo-nos para a empresa, e as horas no meio são ocupadas com actividades que devem favorecer o colectivo que nos comprou com uma anedota de salário, em troca de um sentimento de pertença, um cartão de visita e a promessa longínqua de uma reforma digna. Só somos aconselhados a casar fora da empresa. De resto, das jantaradas à sexta à noite, ao futebol ao domingo de manhã e aos 10 dias de férias, é bom que o façamos juntos, pois só assim conseguimos construir uma empresa unida, capaz de enfrentar qualquer desafio.

O varão na sala

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