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Quando for grande e livre, quero comer pão de centeio ainda quente com manteiga açoriana, carregada de sal refrescado pelos atuns enormes que sulcam o oceano. Deixar cair a cabeça na relva. Beijar amigos e desconhecidas. Lançar máscaras aos céus como balões de São João
Sonho todos os dias com lugares que a minha cabeça conhece, mas o meu corpo já não recorda. Tenho saudades do que ainda não senti. Experimento a nostalgia das encostas da Sardenha, onde nunca estive. Da Capadócia, que jamais visitei. Das pradarias do Montana, que desconheço. Do frio escaldante da Terra do Fogo, ao largo da qual não naveguei. O ar puro parece agora um território desconhecido, uma miragem gasosa cuja distância e raridade a tornam inacessível, asfixiando-me passo a passo. Pôr os pés na areia, sentir essa carícia húmida e porosa nos dedos, é aventura de alienígena, a recompensa de uma viagem intergaláctica. Quando for grande e livre, quero comer pão de centeio ainda quente com manteiga açoriana, carregada de sal refrescado pelos atuns enormes que sulcam o oceano. Deixar cair a cabeça na relva. Beijar amigos e desconhecidas. Lançar máscaras aos céus como balões de São João. Suster o fôlego nos lagos das cascatas do Gerês, sob sol tão escaldante que a água gelada pareça uma missa sem Deus ou padre. Rezar na floresta, abrigado pelas copas dos pinheiros que cheiram a Verão, e fazer um piquenique com 20 amigos até às quatro da manhã, ao som dos Psychedelic Furs. Ler Wordsworth em voz alta, mas sozinho, com vergonha de que entendam que não percebo metade das palavras. Jogar ao lencinho com os meus maiores inimigos. Agarrar num bebé e atirá-lo ao ar, sem medo de que possa sofrer quando o apanho e aproximo o meu rosto ao rosto dele. Estender o braço nos ombros de velhos cúmplices que não visito há 11 meses. Imperiais de frescura ofensiva em esplanadas a rebentar de gente (o desejo de esplanadas cheias é a medida exacta do meu desespero). O Tóquio ou o Jamaica com 100 vamps e marmanjos da outra margem, aos pulos - "Baby don’t worry/About a thing". Seis num carro até Tavira para mergulhos. Um dia ainda morro de saudades do que vou fazer.
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Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.