Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
10 de setembro de 2019 às 09:00

Roubar é bom

“No cinema, o segredo é roubar dos melhores”, admitiu Francis Ford Coppola. Em todas as expressões artísticas, a arte mais subestimada é roubar. Os medrosos copiam. Os medíocres imitam. Os melhores roubam.

EM HAWKS ON HAWKS (University Press of Kentucky, reeditado em 2013), o célebre livro de entrevistas a Howard Hawks conduzidas por Joseph McBride ao longo de sete anos, o grande director do período clássico de Hollywood explica a dado momento - Hawks gostava de comentar mas detestava explicar-se - que "o melhor criador é aquele que rouba muito". Em Junho último, de passagem pelo Il Cinema Ritrovato, o festival italiano concebido pela Cinemateca de Bolonha em forma de carta de amor a filmes muito desejados ou aguardando descoberta - sempre em cópias restauradas e prístinas -, o hoje viticultor de Napa e reformadíssimo artista da Renascença Francis Ford Coppola assinou por baixo o epigrama de Hawks, feiticeiro narrativo das montanhas mágicas: "No cinema, o segredo é roubar dos melhores."

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