Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
03 de setembro de 2019 às 09:00

As fantasias de Narciso

O que Mindhunter procura dizer é que vivemos entre Sísifo e Safo, num mundo de narcisistas cujo desenho começou nos anos 70, quando o Deus da abundância autorizou tempo e espaço para a indulgência, o culto da imagem

EM MINDHUNTER – CAÇADORES DE MENTES, a série da Netflix baseada nos 25 anos de experiência de John E. Douglas como o pai de todos os profilers do FBI, cuja segunda temporada ficou agora disponível, Ed Kemper (Cameron Britton), um serial killer responsável em 1972/73 pela morte de dez pessoas, incluindo os avós paternos e a mãe, explica ao alter-ego de Douglas na ficção, o agente Holden Ford (Jonathan Groff), como arrancava a cabeça das vítimas e fazia sexo com essas cabeças. O registo é o de uma entrevista psicológica amigável - o objectivo de Douglas e do seu parceiro na agência, Robert Ressler, era recolher informações sobre o perfil dos assassinos em série já condenados que lhes permitissem capturar outros - e Kemper fala do metódico despojamento com que decidiu fazer o mesmo à mãe, utilizando depois a cabeça decapitada como alvo de dardos.

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