Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
19 de junho de 2018 às 09:00

Os exageros idiotas da diversidade

"Na notável epístola, a multinacional explica os pontos nucleares da sua política de aquisição de funcionários e novos autores "que reflictam a sociedade britânica em 2025, tendo em conta etnia, género, sexualidade, mobilidade social e deficiência"."

Num mundo perfeito, não seria necessário defender a diversidade étnica e de género. Ela existiria em todas as dimensões da res publica. Mas no mundo permanece, demasiadas vezes, a adoração de chacais por cordeiros. Os cépticos da igualdade e do multiculturalismo preferem não compreender que a alma humana é mais permeável à demagogia do que um membro da Juve Leo. Mas uma coisa é a luta vigilante pela tolerância, outra são os exageros idiotas dos sinaleiros do politicamente correcto. Poucos exemplos o ilustram melhor do que o recente caso da estratégia de recrutamento de um gigante da edição mundial, a Penguin Random House. Num artigo para a The Spectator, a romancista Lionel Shriver desfia o conteúdo de um email, enviado internamente pela Penguin e remetido para vários agentes literários. Na notável epístola, a multinacional explica os pontos nucleares da sua política de aquisição de funcionários e novos autores "que reflictam a sociedade britânica em 2025, tendo em conta etnia, género, sexualidade, mobilidade social e deficiência".

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