Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
03 de dezembro de 2019 às 09:00

O último romântico

Romântico incurável, o californiano Rudolph é hoje um imenso desconhecido. Ele foi um revolucionário das formas narrativas levando as técnicas de Robert Altman a uma desintegração da intriga em benefício de personagens complexas e saturadas de mistério

Sem amor, o que resta? Para Alan Rudolph, nada. Só a música, que de novo resgatará o amor. Romântico incurável, o californiano Rudolph é hoje um imenso desconhecido. E no entanto, ele foi um revolucionário das formas narrativas, levando as técnicas corais, elusivas, esvoaçantes de Robert Altman (seu mentor, produziu-lhe os primeiros dois filmes) a uma desintegração da intriga em benefício de personagens complexas e saturadas de mistério. "O meu cinema não se inspira em John Ford, inspira-se em John Coltrane", disse numa entrevista obscura em 1985.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.