Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
03 de dezembro de 2019 às 09:00

O último romântico

Romântico incurável, o californiano Rudolph é hoje um imenso desconhecido. Ele foi um revolucionário das formas narrativas levando as técnicas de Robert Altman a uma desintegração da intriga em benefício de personagens complexas e saturadas de mistério

Sem amor, o que resta? Para Alan Rudolph, nada. Só a música, que de novo resgatará o amor. Romântico incurável, o californiano Rudolph é hoje um imenso desconhecido. E no entanto, ele foi um revolucionário das formas narrativas, levando as técnicas corais, elusivas, esvoaçantes de Robert Altman (seu mentor, produziu-lhe os primeiros dois filmes) a uma desintegração da intriga em benefício de personagens complexas e saturadas de mistério. "O meu cinema não se inspira em John Ford, inspira-se em John Coltrane", disse numa entrevista obscura em 1985.

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