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A leitura tira-nos tempo e inclinação para todas as coisas maravilhosas que podemos fazer à beira-mar, como dormir (à sombra). Ler é um desporto de interiores, uma estranha chaise-longue num jardim de Inverno que contraria a modorra e nos leva a querer mudar o mundo.
SE HÁ SÍTIO à face da Terra onde não se deve ler é na praia. Para começar, a areia invade as páginas e enfia-se nos lugares mais recônditos das personagens. A praia é uma areia na engrenagem do raciocínio. A seguir, temos um calor de ananases. Agora que o aquecimento global, as movimentações de massas de ar e o cheirinho apocalíptico do século XXI nos oferecem o Calaári na Fuzeta, a melhor coisa a fazer na praia é não fazer absolutamente nada - incluindo a canseira de pensar. Alex McElroy, um escritor não-binário (significa que não se considera masculino ou feminino, o que pode trazer alguns aborrecimentos), escreveu há dias na The Atlantic um artigo a defender isso mesmo: “A vida está cheia de excelentes lugares para ler; pare de fingir que a praia é um deles.” O ponto é certeiro e cristalino como a albufeira do Azibo. “As páginas ficam brancas e enevoadas com o sol, os dedos molhados estragam o papel e os óculos de sol são um mau método para ler.” Eu acrescentaria que a leitura nos tira tempo e inclinação para todas as coisas maravilhosas que podemos fazer à beira-mar, como dormir (à sombra). Ler é um desporto de interiores, uma estranha chaise-longue num jardim de Inverno que contraria a modorra e nos leva a querer mudar o mundo – ou a desejar contemplá-lo na sua delirante complexidade.
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