Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
05 de fevereiro de 2019 às 09:00

Le grand Legrand

Filho e neto de instrumentistas e compositores, o namoro de juventude com a música clássica e o flirt de uma vida com o jazz permitiram-lhe agarrar na pose piegas da chanson e emprestar-lhe uma esperança agridoce que, em 1964, já servia como contracorrente da insurreição dos sixties

Morreu Michel Legrand, e com ele terminou uma certa forma de compor música para cinema. As melodias de Legrand não têm o génio rítmico de Henry Mancini (A Pantera Cor-de-Rosa), a inventividade jazzy de Quincy Jones (A Sangue Frio), o fôlego épico de Maurice Jarre (Lawrence da Arábia), a elegância sinfónica de John Barry (África Minha), todos da sua geração. Tão prolífico como eles, Legrand criou quase sozinho um romantismo optimista mas consciente da amargura que fluíra como um rio subterrâneo entre os escombros do pós-guerra.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?