Se, há menos de uma década, alguém nos dissesse que o centro do poder político e económico-financeiro português estaria indiciado por crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, acreditaríamos? Os protagonistas do maná democrático lusitano têm tombado como peças de um dominó feito de antigos super-heróis do regime. Os melhores gestores do mundo e arredores (Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, António Mexia), banqueiros "de referência" (o DDT Ricardo Salgado, João Rendeiro, Oliveira Costa), políticos de superior prestidigitação negocial (Sócrates, Dias Loureiro, Duarte Lima, Armando Vara), todos foram sendo afectados por suspeitas judiciais. Mas o facto de ser possível compor um gráfico do nosso poder político-empresarial com cruzamentos ad infinitum entre meia dúzia de protagonistas já não deveria espantar ninguém.

Castas

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