Na semana passada morreu Alvin Sargent, e alguns jornais imprimiram meia dúzia de linhas de obituário como uma obrigação curricular. O homem, cujo nome soa a nada remotamente apetecível, escrevera dois guiões oscarizados, os deJúlia(Fred Zinnemann, 1977) e deGente Vulgar(Robert Redford, 1980). Os guionistas de cinema são como os eunucos no meio de um bacanal: o seu poder é nulo e têm dificuldades em gozar os convites. Mas quem se interesse pelas vertigens do desconhecido ou tenha visto um dos cretácicos títulos mencionados - entre os millennials, os filmes anteriores a 1990 são estranhos objectos vindos do espaço, e não passam de puras aberrações para a Geração Z, como as cassetes VHS -, poderá ter vontade de continuar a busca e descobrir o trabalho de um dos grandes escritores anglo-saxónicos do pós-guerra apesar de jamais ter escrito um romance.

Berardo ou consequência

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