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E na Europa, quem nos inspira hoje? Ao nível da responsabilidade necessária para concretizar os sonhos dos homens, onde estão os Monnet, Adenauer, Schuman, Delors, Kohl?
Quantas pessoas realmente inspiradoras conhecemos? E na Europa, quem nos inspira hoje? Ao nível da responsabilidade necessária para concretizar os sonhos dos homens, onde estão os Monnet, Adenauer, Schuman, Delors, Kohl? E figuras da estatura de Mandela – ou de Malala Yousafzai, não é necessário aspirar tão alto –, quantas nascerão neste continente exaurido, doente, agora reduzido a folhas de cálculo? A grande crise europeia (e ninguém duvide que é a maior desde a Segunda Guerra Mundial) não é uma crise financeira. Nem económica. É uma crise de valores. O que queremos construir para o nosso futuro, e para o futuro dos nossos filhos? A suprema tese maquiavélica – TINA em inglês, ou não há alternativa – é uma falácia e um logro. Uma falácia porque sempre houve opções face à pressão dos "mercados" e à crise das dívidas soberanas. Um logro porque o essencial da tese cairia por terra no momento em que os decisores europeus substituíssem o jargão tecnocrático pela práxis política. Não há alternativa porque não existe empenho político para reconstruir o euro, concretizar um módico de união fiscal e bancária, garantir a protecção das dívidas públicas, libertar todos os estados-membros da servitude orçamental (não apenas a Alemanha ou a França quando é conveniente) e regressar ao espírito coeso, equitativo e solidário do Tratado de Roma e dos seus fundadores. Enquanto a política – à direita e à esquerda – não renascer das cinzas da parolice economicista, seremos impotentes para, como escreveu Dylan Thomas, nos enfurecermos contra a morte da luz. É a Europa, e faz-se noite.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.