Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
16 de outubro de 2018 às 09:00

A liberdade que se lixe

Haddad representa os (piores) defeitos e (algumas) virtudes da democracia; Bolsonaro representa vários estados da matéria humana, nenhum deles sendo democrático. Porém, isto é nítido para quase todos menos para a maioria dos brasileiros.

É cada vez mais espantoso o lugar que a liberdade ocupa nas opções de vida dos eleitores que residem em locais onde ainda é possível mantê-la. A primeira volta das eleições brasileiras de domingo é, a esse título, elucidativa: com 46,7% dos votos contra os 28,3% de Fernando Haddad, candidato do PT e ex-presidente da câmara de São Paulo, o deputado fluminense Jair "What'sApp" Bolsonaro é o probabilíssimo futuro Presidente do maior país da lusofonia. Haddad é um político sofrível que absorveu de peito feito o ressentimento anti-"petista" e o ódio pela malha corrupta em que Lula, seu pai ideológico agora preso, se enredou.

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