Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
22 de outubro de 2017 às 13:00

A mancha

[Sócrates] Foi primeiro-ministro e devia saber, sabia de certeza, o que significa viver numa economia de cash em maços de notas. E depois? Como era? Pagava também ele tudo em dinheiro vivo? Pedia facturas? Declarava aos impostos o que devia declarar...?

Pode-se ter amigos cujo comportamento é ou foi pouco ético, ou até, no limite, que tenham cometido crimes. Pode-se continuar a ser amigo deles, respeitar e estimar outras qualidades humanas. Mas não se pode em nome da amizade, legitimar o que de errado fizeram. Ainda mais do que isso: ajudar a justificar, apagar, rasurar, esquecer, olhar para o lado, colaborar, então isso significa ser cúmplice. Se as razões dessa atitude forem políticas ou resultado de uma qualquer abstrusa tese conspirativa, então ainda pior.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.