Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
02 de fevereiro de 2020 às 13:00

3 fronteiras

O núcleo central da direita radical portuguesa não se encontra hoje em nenhum partido em particular, está disperso pelo Chega, pelo CDS e pelo PSD, mas a sua cabeça é intelectual, universitária, institucional e mediática

O "novo" CDS tem três fronteiras políticas e uma fronteira social para o seu crescimento. As três fronteiras políticas são a Iniciativa Liberal, o Chega e o PSD. A primeira fronteira é fácil de ultrapassar, porque a Iniciativa Liberal é mais um movimento de opinião do que um partido. Nascido de uma combinação entre as ideias do Observador, as páginas de opinião económicas e uma agência de publicidade, a Iniciativa Liberal não tem dirigentes nem estrutura e também não parece muito interessada em ter, porque muitos dos seus dirigentes acham legitimamente que é melhor continuarem a ganhar dinheiro nas suas empresas e cargos do que estar agora a ter a maçada de serem políticos. Passada a conjuntura Cristas pós-Europeias, o actual CDS deglutirá a Iniciativa Liberal facilmente. Essa fronteira é a mais fácil de passar.

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