Sábado – Pense por si

João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho Politólogo, escritor
01 de junho de 2019 às 13:00

Bonitos serviços

O líder do PS preferia atirar-se de uma janela (alta) a ter de aturar Catarina Martins por mais quatro anos. Mas os resultados de domingo podem levá-lo a isso (aturar Catarina, não a saltar da janela). O PS venceu, mas a maioria absoluta está longe. Com o PCP escaldado, quem lhe resta? Catarina não se importa de repetir a dose

Abstenção. Os partidos do regime, com ar sério, mostraram preocupação apocalíptica com o fenómeno. Não vale a pena abusar do teatro. Todos eles sabem que, enquanto o povo votar com a ausência, não haverá a presença de novos partidos para repartir o bolo. Na Europa, o recuo da esquerda e da direita tradicionais explica-se com o crescimento de verdes ou liberais. Bom sinal. Aqui, PS e PSD sofrem igual erosão no número de votos; mas, sem concorrência na praça e com o povo ao largo, os votos das claques chegam e sobram para continuar o baile. Bendita abstenção.

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Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.