Sábado – Pense por si

João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho Politólogo, escritor
08 de junho de 2019 às 13:00

Uma casa portuguesa

Em latitudes mais civilizadas, esta confissão de fraude e incompetência teria consequências severas. Entre nós, é vista como um exemplo de honradez em política. Os portugueses são como aquele marido enganado que, depois de descobrir o amante no guarda-fatos, sente uma admiração profunda pelo altruísmo da mulher

A CANTILENA DO VOTO OBRIGATÓRIO tinha de aterrar entre nós. Nas últimas eleições europeias, 69% dos eleitores não puseram os pés nas urnas. Porquê? Os partidos do regime não inspiram confiança? Os portugueses gostam da Europa (tradução: do dinheiro da Europa), mas não se sentem representados em Estrasburgo? O "projecto europeu", propositadamente distante do eleitorado, só desperta neste um longo bocejo?

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Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.