Sábado – Pense por si

João Pedro George
João Pedro George
30 de maio de 2018 às 09:00

Chulé intelectual (2.ª parte)

O fenómeno manifesta-se em escolas filosóficas, literárias ou artísticas monotonamente iguais; em crenças religiosas, juízos morais ou ordenamentos jurídicos que visam o conformismo e o acomodamento; em doutrinas ou correntes económicas, ideológicas e políticas mediocremente nocivas; em usos e costumes estupidamente inalterados e acatados

O chulé não é só um incidente odorífero, aquela sujidade malcheirosa que se acumula entre os dedos dos pés. Há também uma modalidade de chulé mais complicada, que assume aspectos mais complexos, que se infiltra nos mais escusos meandros do cérebro, nas suas mais remotas províncias ou distritos. É o chulé intelectual ou mental, um fenómeno que se manifesta em escolas filosóficas, literárias ou artísticas monotonamente iguais; em crenças religiosas, juízos morais ou ordenamentos jurídicos que visam o conformismo e o acomodamento; em doutrinas ou correntes económicas, ideológicas e políticas mediocremente nocivas; em usos e costumes estupidamente inalterados e acatados.

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