O telefonema de Putin com Trump abriu a era dos EUA pró-Rússia. Quem ainda resistia terá baixado a guarda com a forma vergonhosa e inaceitável como Trump e J. D. Vance trataram Zelensky em plena Sala Oval. Habituem-se: com Trump 2.0, os EUA escolheram os autocratas e querem espezinhar a Europa.
Vladimir Putin não conseguiu conquistar, em mais de três anos, qualquer dos objetivos que tinha a 24 de fevereiro de 2022, quando decidiu invadir a Ucrânia: Zelensky continua em Kiev, a Europa segue firme na ajuda à resistência ucraniana, nem sequer o Donbass todo está ocupado pelas tropas russas, a Economia russa está com vários sinais vermelhos. Tudo poderia estar a correr mal a Putin e isso levaria um processo negocial eventualmente favorável a travar o agressor e proteger o invadido, certo? Pois, só que está Donald Trump na Casa Branca. Putin - que falhou rotundamente o objetivo militar de tomar Kiev e, com isso, depor Zelensky ("desnazificação") - estará perto de conseguir uma vitória quase total pela rendição imposta à Ucrânia através da hostilidade da atual administração norte-americana aos interesses do invadido e a proteção descarada aos interesses do invasor. Uma "paz" do invasor não passará de uma "paz" miserável, precária, injusta, criminosa. E temporária. Dará tempo e espaço a Moscovo para se rearmar e redefinir objetivos. Deixará a Europa em contrarrelógio para se poder precaver da óbvia vulnerabilidade em que ficará de futura passada imperialista russa (Odessa; Moldávia; depois Roménia?; depois Lituânia para chegar Kaliningrado?). Sim, Putin falhou Kiev pela força bruta. Mas antes de sequer conquistar todo o Donbass, e quando controla 20% do território ucraniano (em agosto de 2022 controlava 34%), já terá "conquistado" Washington. Pelo voto.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.