Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
02 de setembro de 2022 às 08:00

Vai alguém ao leme?

A saída de Marta Temido nunca foi, convenhamos, uma surpresa. Esteve anunciada em vários momentos. O que é surpreendente é a incapacidade de gestão política de um primeiro-ministro que, neste caso, deixa atrás de si uma fraqueza política que não lhe é própria.

A ministra da Saúde demite-se mas não vai sair tão cedo. A ministra demite-se mas vai ter de ir a Conselho de Ministros, defender uma das suas famosas medidas, nomeadamente a que cria o diretor-executivo nos hospitais. A ministra demite-se, mas o primeiro-ministro ainda vai a Moçambique, e a mais meia dúzia de sítios, antes de arranjar um sucessor. A demissão foi conhecida de madrugada porque só a essa hora foi possível contactar o Presidente da República.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.