O PSOE tem cedido em todas as frentes na política de regalias e aproximação dos presos etarras ao País Basco, onde são recebidos como triunfadores. Nos últimos dias, o Governo deu luz verde à transferência de dois dos maiores assassinos da ETA.
Por estes dias, poderia escrever sobre o aumento do custo de vida, o pacote anti-inflação e a falácia do apoio aos reformados. Sobre o inverno energético que aí vem ou, ainda, a bizarra demissão da ministra da Saúde, que a fez ficar em gestão, penosamente, até o primeiro-ministro convencer o próximo que, ao entrar, deve perder toda a esperança numa vida feliz. Poderia, talvez, escrever sobre a guerra da Ucrânia, a outra guerra decretada por Macron ao que chama o fim do "tempo de abundância". Esse tempo que, segundo o Chefe de Estado francês, acabou, obrigando-nos a regressar, caricaturalmente, ao pragmatismo pobrete mas alegrete, enraizado no nosso salazarismo paroquial. Macron está carregadinho de razão. A guerra, a coesão da Europa, o despotismo de Putin, todas as suas consequências na frente económica, obrigam-nos a viver com mais austeridade, mais centrados na poupança e na segurança das decisões prudentes, é certo. Mas não deixa de ser a afirmação da nebulosa do medo, essa arma sempre eficaz no controlo social e político das multidões, agora devotada às necessidades de líderes frágeis, apanhados pela surpresa mais bizarra de sempre sobre as ambições do gangster instalado no Kremlin. Esperemos, ao menos, que tanto Macron como os seus colegas europeus, sejam capazes de aplicar essa inevitabilidade do emergente pessimismo económico, essa linguagem de ‘verdade’ e ‘coragem’ acabados de chegar ao discurso político, aos velhos e novos pares de governação por tudo quanto é Europa. Sobretudo às elites políticas e económicas, que foram sucumbindo nas últimas duas décadas ao poder do dinheiro russo. A esses não há de haver guerra, carestia, escassez de bens essenciais, fim da era de abundância, que os apoquente. Estão na trincheira dos que viram aumentar brutalmente os rendimentos e para quem as pandemias e as guerras trazem sempre boas notícias.
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A Cimeira do Alasca retirou dúvidas a quem ainda as pudesse ter: Trump não tem dimensão para travar a agressão de Putin na Ucrânia. Possivelmente, também não tem vontade. Mas sobretudo, não tem capacidade.
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.