Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
10 de agosto de 2017 às 05:30

Os sinais de Agosto

É certo que vivemos felizes a chapinhar à beira-mar, gozando por uns dias um pouco do que o Governo nos devolveu e que a troika nos tinha roubado, mas persistimos em ignorar os sinais de uma doença do Estado

Agosto sempre foi um grande mês. Pelo menos nas memórias da infância e da adolescência. Aí permanece intacta a pureza dos dias sem fim, de praias selvagens, de amores prometidos para a vida, de tardes em que a cigarra era a rainha e de noites povoadas pelo canto do grilo. Esses agostos vividos na transição de um tempo em que acabava a guerra colonial e o regime e abraçámos a liberdade traziam toda a esperança de um futuro risonho. A esperança de um país, deste belíssimo país, realmente distribuído por todos. Mais de 40 anos depois, os Agostos não confirmam nenhum desses sonhos. É certo que vivemos felizes a chapinhar à beira-mar, gozando por uns dias um pouco do que o Governo nos devolveu e que atroikanos tinha roubado, mas persistimos em ignorar os sinais de uma doença do Estado e da forma de fazer política que o Verão só tem agravado. Senão vejamos:

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