A CGD é um banco essencial e a sua dimensão pública é inquestionável. Mas isso não furta o banco público e os seus administradores, directores e funcionários a um escrutínio público imperativo. Pelo contrário, só aumenta a importância e a exigência de tal escrutínio
Opresidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, acha "estranho" que as administrações do banco público sejam alteradas de cada vez que muda o governo. Compreendendo as limitações de Paulo Macedo no aprofundamento do debate sobre esta matéria - ele é o actual presidente da CGD -, não deixa de ser espantoso que esse facto objectivo e com um vasto rol de sucessivas comprovações cause apenas um sentimento de "estranheza" a um político e gestor bancário com a experiência e responsabilidade pública de Paulo Macedo. Têm sido as tímidas "estranhezas" dos nossos políticos, supervisores, e empresários nesta matéria que impediram até hoje um verdadeiro debate nacional sobre a CGD. As administrações mudam consoante as chegadas e as partidas de governos porque a CGD é, há décadas, a vaca leiteira do regime e um feudo exclusivo dos partidos do centrão. Se não fosse isso e o correspondente buraco financeiro que o amiguismo político criou, os milhões de portugueses com conta na CGD não estariam agora a pagar as comissões pornográficas aprovadas por esta administração. Essa é uma parte da factura da corrupção material e moral que há muito grassa na Caixa e que agora estamos todos a pagar. Sem qualquer "estranheza", de resto…
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.