NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Mostrou que tem as ideias sobre Portugal e a Europa bem arrumadas, que é um observador muito atento da vida partidária e política; que tem uma narrativa politicamente estruturada para a intervenção pública e que está pronto, a qualquer momento, para regressar.
Pedro Passos Coelho quer voltar ao palco político e a São Bento. Quer ação, dispensa a decoração institucional do Palácio de Belém. É esse o seu horizonte político, mas também a sua contradição, o seu problema. Tem uma ideia para o País, um ciclo para completar, depois de ter apagado o fogo da bancarrota deixada por Sócrates, e de ter sido empurrado para fora do xadrez por António Costa e a geringonça. Tem muita gente a pedir que volte e, subjetivamente, todas as condições reunidas. Pode ser o líder por quem a direita suspira, capaz de revitalizar o PSD, ajudar o CDS a sair do estado comatoso em que se encontra, abrir um diálogo frutuoso com a Iniciativa Liberal e atrair eleitorado do Chega, sem conversar com André Ventura. Pode ser isso tudo, incluindo a reafirmação de uma direita parlamentar, moderna, democrática, sem os clichês ultraliberais do passado recente, do ir além da troika, contribuindo para estabilizar os fundamentos do regime. Mas estará ainda a tempo de apanhar um comboio que, em quase uma década, mudou várias vezes de maquinista, está enredado num emaranhado de carris e vêm uma montanha chamada Chega a rebolar na sua direção? Serão suficientes a sua inquestionável imagem de seriedade e de autenticidade políticas para apagar a memória das políticas de corte em matéria de salários, pensões e direitos? Não será Passos Coelho, ainda, o cimento de uma esquerda que vê nele a primeira razão para combater a tenebrosa direita, com mais vigor, energia e inteligência do que faz em relação à extrema-direita?! Conseguirá cavalgar um resultado menos bom de Luís Montenegro nas europeias, mas que não seja suficientemente mau para abrir a porta a uma renovação da liderança? O caminho está cheio de pedras, ainda que a vontade de o fazer seja hoje mais clara do que ontem.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.