Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
27 de agosto de 2020 às 05:30

Da cobardia em geral

Terá António Costa a veleidade de julgar que alguém sai bem do horror de Reguengos de Monsaraz? Que a sua Administração Regional de Saúde, a sua ministra da Segurança Social, o seu governo podem sair incólumes do horror daquele lar?

Com a tese dos médicos cobardes em Reguengos de Monsaraz, António Costa criou um facto da maior importância política. O primeiro-ministro não gosta de ser contrariado, já sabíamos. Foi assim com os professores, os enfermeiros, agora os médicos. Por isso, na entrevista que deu ao Expresso, explorou a tese da falta de competência legal da Ordem dos Médicos para fazer o relatório sobre o que aconteceu no lar de Reguengos de Monsaraz. Uma tese absurda. Qualquer associação de direito público está obrigada a denunciar factos que conheça e que violem grosseiramente o interesse público ou direitos fundamentais dos cidadãos. Não é, obviamente, o Ministério Público, que é quem tem a competência própria para investigar.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.