Se não estivermos todos juntos, seja na forma de enfrentar o vírus, seja na de fazer política e um escrutínio público do que os Governos fizeram ou não, ficaremos mais perto do precipício coletivo do que da porta de saída destes dias terríveis para o mundo
Como em todas as grandes ruturas históricas, também nesta pandemia é quase infinito o potencial de mudança que ela comporta nos domínios da política e da sociedade. A mais evidente é a grande possibilidade que aqui nasce de transformar as políticas públicas de saúde no objeto de um vasto consenso político e social, em particular a construção de serviços nacionais de saúde fortes, bem financiados e bem avaliados. A defesa do Serviço Nacional de Saúde é um património ideológico da esquerda? Historicamente, sem dúvida. Mas vão perguntar aos conservadores ingleses e à liderança de Boris Johnson o que pensam disso. O desastre inglês e o norte-americano no combate à pandemia representam verdadeiros vírus revolucionários, que se esperam benignos nesta nova estirpe. Autênticos sismos políticos, capazes de levar largas faixas das opiniões públicas destes países a pedirem políticas públicas sérias em áreas como a saúde e a educação, uma e outra alicerces centrais de valores democráticos como a igualdade de todos nas oportunidades e no respeito pela dignidade humana.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres