Sábado – Pense por si

António José Vilela
António José Vilela
31 de janeiro de 2024 às 20:00

Sócrates e o Caminho do Dinheiro

As desembargadoras usaram 39 vezes a palavra “revogar”, 12 vezes a palavra “revogação”, 189 vezes a expressão “Sr. Juiz” e dinamitaram a decisão instrutória delirante do “juiz das garantias” Ivo Rosa sobre a Operação Marquês. Previsível

Três juízas da 9ª Secção Criminal do Tribunal da Relação de Lisboa, Raquel Correia Lima, Micaela Pires Rodrigues e Madalena Caldeira, deram um forte contributo à perceção pública de que, apesar de tudo, a justiça funciona em Portugal. Em 684 páginas de um acórdão, as desembargadoras usaram 39 vezes a palavra "revogar", 12 vezes a palavra "revogação", 189 vezes a expressão "Sr. Juiz" e dinamitaram a decisão instrutória delirante do "juiz das garantias" Ivo Rosa sobre a Operação Marquês. Foram precisos quase três anos para se perceber de vez que o trabalho de um juiz pode ser classificado por sucessivas avaliações do Conselho Superior da Magistratura (CSM) como "muito bom", mas ainda assim deixar muito a desejar naquilo que deve ser a verdadeira administração da justiça.

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