Sábado – Pense por si

António José Vilela
António José Vilela
28 de maio de 2024 às 18:00

O valor maior que a todos se deve exigir

Ter opiniões diferentes, contrariamente diferentes, conflituantes e que nos atingem naquilo que é o nosso âmago, é saudável, muito saudável numa democracia. Cada vez que limitam a nossa liberdade de expressão permitem-nos ser menos.

A liberdade de expressão é um valor transcendente, um valor que, para mim, deve sobrepor-se a todos os outros e deve ser preservado por todos os meios possíveis. Deve sobrepor-se ao que é alinhado, ao bem-visto, ao fica bem, à honra alheia e até ao princípio da racionalidade. Usar como argumento que a liberdade dos outros acaba quando atinge a nossa própria liberdade é algo mesmo muito estranho. Porque é que a liberdade do outro deve parar na minha liberdade? Onde está a fronteira? Como se encontra a marca limitadora? Afinal, quem é que define os limites da nossa liberdade, da minha em particular? Sou eu? É o estúpido do vizinho? O rival político, o sindicalista ou colega de bancada no parlamento? O idiota que espalha tontarias nas redes sociais? O tipo que vota na extrema-direita e quer todos os imigrantes longe? O tipo da extrema-esquerda que acha que não há culpados na invasão da Ucrânia ou que Israel devia simplesmente implodir?

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