Quando o jornalismo é moldado por perceções, convicções e visões do mundo muito próprias, acaba por se afastar da sua missão. As eleições americanas deram uma nova machadada na sua credibilidade. É necessário recuperá-la, a bem não só do jornalismo mas da própria democracia.
Ao longo dos últimos meses, a maioria dos órgãos de comunicação publicou centenas de notícias sobre as eleições americanas. A esmagadora maioria para relatar os mais recentes impropérios e ameaças de Donald Trump, os seus comportamentos erráticos, ofensivos e misóginos, os seus processos judiciais e, nas últimas semanas de campanha, sobre como antigos colaboradores o classificaram de fascista. Numa escala semelhante, multiplicaram-se as notícias e análises sobre a decência de Kamala Harris, o pioneirismo que seria a sua eleição como presidente dos EUA, a sua missão na defesa dos direitos das mulheres e sobre a absoluta necessidade da sua vitória para preservar a democracia americana e a estabilidade mundial. O público soube também de sondagens que a davam sistematicamente à frente do voto popular, isto apesar da tendência de subida do republicano nos estados decisivos. Até muito tarde na noite eleitoral a democrata era a vencedora anunciada. Por isso, não admira que muitos portugueses se questionem: se era assim, como foi possível Trump vencer a eleição, ganhar todos os estados decisivos e ainda o voto popular?
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.