Quando o jornalismo é moldado por perceções, convicções e visões do mundo muito próprias, acaba por se afastar da sua missão. As eleições americanas deram uma nova machadada na sua credibilidade. É necessário recuperá-la, a bem não só do jornalismo mas da própria democracia.
Ao longo dos últimos meses, a maioria dos órgãos de comunicação publicou centenas de notícias sobre as eleições americanas. A esmagadora maioria para relatar os mais recentes impropérios e ameaças de Donald Trump, os seus comportamentos erráticos, ofensivos e misóginos, os seus processos judiciais e, nas últimas semanas de campanha, sobre como antigos colaboradores o classificaram de fascista. Numa escala semelhante, multiplicaram-se as notícias e análises sobre a decência de Kamala Harris, o pioneirismo que seria a sua eleição como presidente dos EUA, a sua missão na defesa dos direitos das mulheres e sobre a absoluta necessidade da sua vitória para preservar a democracia americana e a estabilidade mundial. O público soube também de sondagens que a davam sistematicamente à frente do voto popular, isto apesar da tendência de subida do republicano nos estados decisivos. Até muito tarde na noite eleitoral a democrata era a vencedora anunciada. Por isso, não admira que muitos portugueses se questionem: se era assim, como foi possível Trump vencer a eleição, ganhar todos os estados decisivos e ainda o voto popular?
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro