Quando o jornalismo é moldado por perceções, convicções e visões do mundo muito próprias, acaba por se afastar da sua missão. As eleições americanas deram uma nova machadada na sua credibilidade. É necessário recuperá-la, a bem não só do jornalismo mas da própria democracia.
Ao longo dos últimos meses, a maioria dos órgãos de comunicação publicou centenas de notícias sobre as eleições americanas. A esmagadora maioria para relatar os mais recentes impropérios e ameaças de Donald Trump, os seus comportamentos erráticos, ofensivos e misóginos, os seus processos judiciais e, nas últimas semanas de campanha, sobre como antigos colaboradores o classificaram de fascista. Numa escala semelhante, multiplicaram-se as notícias e análises sobre a decência de Kamala Harris, o pioneirismo que seria a sua eleição como presidente dos EUA, a sua missão na defesa dos direitos das mulheres e sobre a absoluta necessidade da sua vitória para preservar a democracia americana e a estabilidade mundial. O público soube também de sondagens que a davam sistematicamente à frente do voto popular, isto apesar da tendência de subida do republicano nos estados decisivos. Até muito tarde na noite eleitoral a democrata era a vencedora anunciada. Por isso, não admira que muitos portugueses se questionem: se era assim, como foi possível Trump vencer a eleição, ganhar todos os estados decisivos e ainda o voto popular?
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Esta semana, a Rússia apresentou o seu primeiro robô humanoide. Hesitamos entre pensar se aquilo que vimos é puro humor ou tragédia absoluta. É do domínio do absurdo, parece-me, querer construir uma máquina antropomórfica para esta fazer algo que biliões de humanos fazem um bilião de vezes melhor.
A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".
Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.