Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
20 de abril de 2018 às 09:00

Portugal, o preço de existir

Se um dia destes, um taxista se deparar com uma pessoa a sofrer um ataque cardíaco, primeiro vasculha-lhe os bolsos para confirmar se tem dinheiro para a corrida até ao hospital. É estúpido, mas ilustra o pensamento dominante na União Europeia sobre a Saúde dos cidadãos

Os bancos podem não perceber de dinheiro, o que tem acontecido com alguma frequência, mas se há matéria em que eles são especialistas é em trabalho. Melhor: como acabar com postos de trabalho. Além das sucessivas "restruturações", os bancos têm colocado, desde há uns anos, os próprios funcionários a cavar a respectiva sepultura laboral. E tudo se resume às corriqueiras perguntas feita pelo funcionários de balcão: "Já é cliente do Net banco? Tem os códigos de activação." Talvez o trabalhador nunca tenha pensado que, quantos mais clientes encaminhar para o online, menos a sua função é necessária, mas tudo se resume a cumprir objectivos, nem que um desses seja o próprio despedimento.

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