Sábado – Pense por si

Tiago Pereira
Tiago Pereira Psicólogo e membro da direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses
30 de dezembro de 2021 às 18:16

Um desejo para 2022? Construirmos mais paz

Sinto, sei, que a perda de confiança nas instituições não é um fenómeno português e que por exemplo nos Estados Unidos da América a confiança nunca foi tão baixa (apenas 1 em cada 4 cidadãs e cidadãos confiam nas instituições quando há cerca de 50 anos eram 3 em cada 4). Sinto, sei, que esse é mais um passo para a degradação dos mediadores sociais.

Há palavras e expressões cuja definição mais comummente utilizada é a ausência do seu contrário. É assim com a saúde mental. Muitas pessoas definem e entendem saúde mental como um estado em que não se tem uma doença mental. Nunca como no ano que agora termina - em contexto pessoal e profissional, em privado ou nas oportunidades que tive de o fazer em contexto público – tantas vezes procurei afirmar que a saúde mental vai muito além da ausência de doença mental, correspondendo aos recursos (internos e externos) que cada pessoa tem para lidar e se adaptar aos seus acontecimentos de vida e à sua possibilidade de florescimento e de bem-estar global. 2021 foi (mais) um ano muito desafiante relativamente à saúde mental da população portuguesa e mundial, mas terá permitido que mais pessoas tenham reflectido sobre a sua importância e impacto em tantas dimensões da sua e nossa vida e sociedade, conforme o próprio Presidente da República afirmou nos últimos dias.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.