"Não há vestígios de mim no quarto onde a Meredith foi assinada (...) mas tentam encontrar a resposta nos meus olhos, quando a resposta está mesmo ali. Estão a olhar para mim. Porquê? Estes são os meus olhos. Eles não são provas objectivas." Amanda Knox, jovem Americana duas vezes condenada e outras duas vezes ilibada, a última das quais definitivamente, da participação no violento homicídio da sua companheira de casa em Perugia (Itália) em 2007. Além dos quatro anos que esteve detida e dos oito anos de processo, ainda hoje muitas e muitos a julgam culpada (no mínimo corresponsável) deste crime, não porque existam provas ou sequer indícios nesse sentido, antes pela "inadaptação" do seu comportamento (assim sucessivamente descrito e caracterizado) na fase de investigação que se sucedeu ao crime e pela forma como reagiu a toda a pressão (psicológica) associada à situação e a que foi submetida.
Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login Para activar o código da revista, clique aqui