Sábado – Pense por si

Ricardo Borges de Castro
Ricardo Borges de Castro Analista e Consultor
14 de março de 2025 às 07:00

Minas e armadilhas

O que se vem passando nas últimas semanas nos EUA especialmente no que toca à fixação do Presidente Trump em forçar um acordo de paz entre a Ucrânia e Rússia a qualquer preço, assumindo em certos momentos a narrativa de Moscovo, aponta para uma transformação da política externa americana mais profunda

Visto de Bruxelas, começa a ser difícil não olhar para a América de Trump como uma adversária. Podia ser até que a atual administração dos EUA optasse por um isolacionismo radical e prosseguisse a sua agenda de "America First" totalmente alheada do resto do mundo. Isso seria inteiramente legítimo e os europeus só teriam de reconhecer responsabilidades próprias por estarem tão impreparados para esse cenário. Ora, não é isso que se está a passar. O que se tem assistido é uma aproximação às posições daquela que é a maior ameaça existencial à Europa: a Rússia. A ser assim, isto representa uma alteração de fundo da política externa americana recente que mesmo que venha a ser corrigida daqui a quatros anos deixa a relação transatlântica num campo minado e armadilhado. Seria, contudo, um erro que os europeus contribuíssem para que os laços que unem os dois lados do Atlântico se rompessem irremediavelmente. 

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