Sábado – Pense por si

Paulo Batista Ramos
Paulo Batista Ramos Professor universitário
12 de abril de 2022 às 08:02

O covil do Kremlin

A revolta contra a ordem global ocidentalizada, há largos anos incitada em Teerão e Pequim, encontrou interesse e empenho renovados na projeção do ditador de Moscovo.

Após a revolução iraniana, no início de 1979, ocorreram ocupações em série dos edifícios de várias diplomacias, subitamente consideradas hostis, ao novo poder revolucionário alojado em Teerão. A primeira embaixada a ser ocupada foi a de Israel, que, hoje em dia, serve como representação diplomática da Autoridade Palestiniana, já que à época foi oferecida a Yasser Arafat, o primeiro líder-irmão a assomar à Teerão pós-revolucionária.

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Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.