A perseguição, também conhecida como stalking, é, com efeito, um crime pouco abordado, mas cujo efeito psicológico nas vítimas é altamente danoso, com consequências que se podem fazer sentir até anos mais tarde.
Imagine-se num dia como tantos outros, em que que se encontra na rua. Talvez esteja a sair das compras e a dirigir-se para o carro com as mesmas, com vista a voltar para casa. Ao colocar as compras dentro do carro, sente o seu telemóvel, no bolso, a vibrar com uma mensagem. Ao abrir a mensagem, de número desconhecido, vê que se trata de uma fotografia sua, a sair do supermercado, meros momentos antes. Alguém o/a persegue.
Como consegue imaginar, este tipo de episódio é altamente ameaçador e aterrador. Contudo, é apenas um exemplo das incalculáveis situações que podem ser vivenciadas por vítimas de perseguição. A perseguição, também conhecida como stalking, é, com efeito, um crime pouco abordado, mas cujo efeito psicológico nas vítimas é altamente danoso, com consequências que se podem fazer sentir até anos mais tarde.
O stalking pode ser definido como a perseguição constante e indesejada de uma pessoa, abrangendo uma panóplia alargada de comportamentos ameaçadores, assustadores, assediantes e potencialmente perigosos em mais do que uma situação. As motivações dos agressores, a natureza dos comportamentos de perseguição e os seus efeitos nas vítimas são muito variados, pelo que importa defini-los para que o/a leitor possa, mais facilmente, identificá-los à sua volta e, eventualmente, preveni-los ou reportá-los.
Primeiramente, será de sublinhar que qualquer pessoa pode ser vítima de stalking e que quem comete este crime pode vir de qualquer estrato social ou grupo étnico. No entanto, a literatura reconhece que as mulheres são o grupo mais vulnerável a este tipo de vitimação, frequentemente cometida por anteriores parceiros/as amorosos.
Já no que respeita a quem comete este crime, investigadores têm definido, ao longo das décadas, diversas tipologias de perseguidores, entre as quais iremos abordar cinco:
1. Os que procuram intimidade: não existe relação prévia com a vítima, mas o perseguidor deseja-a, acreditando que esta relação lhes está destinada por forças maiores e que a vítima, na realidade, retorna os seus sentimentos. É o tipo de perseguição mais frequentemente encontrada com stalkers de celebridades, onde há a crença de que o seu estatuto público é o único impedimento para uma relação e onde pequenos atos (por exemplo, letras de músicas) são interpretadas como mensagens "secretas" a eles destinadas.
2. O pretendente incompetente: neste caso, há apenas uma procura de envolvimento sexual, não existindo, necessariamente, um desejo de "união eterna". Este tipo de stalker é tipicamente socialmente inapto e pode alterar facilmente os seus comportamentos, após uma rejeição assertiva da vítima.
3. O perseguidor rejeitado: neste caso, há uma recusa em aceitar o término de uma relação prévia e a perseguição surge como um misto de vingança e tentativa de reatar o relacionamento.
4. O perseguidor ressentido: a perseguição surge unicamente como ato de vingança face a uma rejeição. O objetivo do stalking é, centralmente, intimidar e aterrorizar a vítima. Este é o tipo mais destrutivo de perseguição, com vista a exercer poder e controlo sobre a pessoa e alargando os seus comportamentos persecutórios aos familiares da vítima, ao seu local de trabalho e estendendo-os a comportamentos de vandalização (à casa ou carro da vítima). Podem incluir agressões físicas às vítimas, ainda que tais ocorrências sejam raras.
5. O perseguidor predatório: aqui, o ato de perseguição surge como forma de preparar um eventual ataque, frequentemente de natureza sexual.
Independentemente do tipo de perseguidor, muitas das estratégias por eles adotadas são as mesmas e podem incluir comportamentos de intimidade extrema (por exemplo, bombardear a vítima com cartões amorosos, mensagens e chamadas telefónicas ou envio de flores), cyberstalking (recorrendo maioritariamente às tecnologias para perpetuar estes comportamentos), contactos diretos (que incluem sentar-se na mesa ao lado em restaurantes, ir ao mesmo tempo aos supermercados, inscrever-se nas mesmas aulas), supervigilância (seguir a pessoa e tirar-lhe fotografias, arrombar a sua caixa de correio), assédio e intimidação (ameaçar e insultar verbalmente a vítima, assediar amigos e familiares e difamá-la), entre muitos outros.
Estes comportamentos causam, compreensivelmente, danos nas vítimas, que variam entre um mal-estar geral, a problemas emocionais, cognitivos, físicos e até sociais. Aliás, o stalking é um importante fator de risco para a violência letal. No entanto, estas vítimas são muitas vezes descredibilizadas, sobretudo se estivermos perante stalkers que procuram a intimidade. Aqui, o ato de assoberbar a vítima com avanços românticos indesejados é confundido com uma tentativa inofensiva e amigável de estabelecer uma relação, surgindo acusações de que a vítima é que é, na realidade, muito sensível, e minimizando a importância e o seu efeito na mesma.
O apoio psicológico pode, aqui, surgir como um importante passo a adotar pelas vítimas no sentido de mitigar os efeitos que estas experiências têm em si. Nos agressores, é procurado reenquadrar e reajustar os seus comportamentos.
Não obstante, algumas estratégias podem ser adotadas pelas vítimas para, em parte, minimizar os avanços de perseguidores, nomeadamente enviar uma mensagem clara e assertiva e cortar contacto, fazer o registo de todas as mensagens e interações com o stalker (mantendo cópias das mesmas), alterar o seu número de telemóvel e rotinas (por exemplo, manter o número antigo, mas utilizar um novo, para que o perseguidor acredite que está a enviar mensagens diretamente à vítima; alterar a rota adotada até casa) e, acima de tudo, procurar apoio junto das autoridades competentes.
Interações de cariz amoroso fazem parte da vida em sociedade, no entanto há que saber distinguir um avanço desejado de um indesejado e incómodo. Nem sempre estamos perante pessoas que apenas "se estão a fazer de difíceis". Aceitar o "não" é respeitar o outro e as suas escolhas e isso, sim, é viver saudavelmente em sociedade.
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