Sábado – Pense por si

Maria J. Paixão
Maria J. Paixão Investigadora
30 de junho de 2024 às 10:00

Não matem o mensageiro

O jornalismo é (ou devia ser), na sua essência, uma atividade radicalmente democrática, assumindo a missão de enfrentar as estruturas de poder e expor a verdade. Sem jornalismo livre e corajoso não há real democracia.

Esta semana, no culminar de uma longíssima saga judicial, Julian Assange foi libertado. O fundador da WikiLeaks chegou a acordo com a justiça estadunidense, tendo-se declarado culpado de violar a Lei de Espionagem. Depois de décadas de perseguição judicial e política, a libertação de Assange foi um momento de catarse, não só para a família e amigos próximos, mas também para os milhares de pessoas que, por todo o mundo, mantiveram, durante décadas, uma campanha de defesa do hacker, em nome da liberdade de expressão e do jornalismo como vital instrumento democrático. Não obstante, os termos em que a libertação foi concedida prenunciam um período de trevas para o jornalismo e para as liberdades democráticas.  

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