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João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
08 de maio de 2024 às 07:00

Vitória, vitória, acabou-se a História

Entre a ligeireza e o embaraço, o tema das reparações mostra as inércias e bloqueios da mítica “lusofonia”.

Como uma pedra a saltitar na água, o debate sobre as reparações históricas, lançado por Marcelo Rebelo de Sousa com a superficialidade que é a sua imagem de marca, emergiu e submergiu sem adiantar seja o que for. Pelo caminho, causou embaraços aos países de língua portuguesa: o Brasil dividiu-se entre o entusiasmo da ministra da Igualdade Racial e a reação mais circunspeta do ministro das Relações Exteriores, enquanto o primeiro-ministro de S. Tomé e Príncipe se viu obrigado a contrariar a sua ministra da Educação e o seu próprio chefe de Estado. Bem esteve o Presidente de Cabo Verde, a apelar a uma discussão serena e aprofundada (o oposto do que Marcelo pôs em marcha).  

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