Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
08 de janeiro de 2021 às 11:10

“E, se mais Mentira houvera, lá chegara”

Quem ouviu António Costa sobre o caso da Procuradoria Europeia matou saudades de José Sócrates. Reconheceu a trapaça, a vitimização e a ameaça. E reconheceu o que elas escondem.

A conferência de imprensa em que o primeiro-ministro defendeu afincadamente a sua ministra da Justiça é um épico camoniano de audácia, aldrabice e agressividade. Quando vemos um político falar muito alto e com grande convicção, há uma boa probabilidade de nos estar a enfiar o barrete. A verdade diz-se com calma e naturalidade, mas o espetáculo de António Costa ontem fez lembrar as atuações de José Sócrates contra os "velhos do Restelo" que se punham no seu caminho. Não é uma recordação grata.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Artigos Relacionados
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.