O Larápio insultou recentemente (e muito bem) a dama plasto-sorridente Hillary Clinton, como saberão os leitores assíduos. Esse insulto mantém-se. (pausa). Aliás, intensifica-se! O meu sangue ainda ferve quando penso na sua estratégia de campanha, e a certeza da sua incapacidade bárbara permanece cristalina. No entanto, há mais ingredientes para esta sopa, a sopinha da vitória Trump. Vejamos: A vitória de Trump não se deveu só à incapacidade dos democratas na exposição das suas mentiras. Trump jurou mais que pastores evangélicos, disse coisas de certeza divina, para pouco depois dizer exactamente o seu contrário, de forma ainda mais convicta. Pensa o leitor que isto passou despercebido? Nada disso. As eleições dos EUA são de um escrutínio mediático obsessivo neste lindo e triste planeta-anão. Milhares de vídeos de todas as contradições! Montagens no Youtube com milhões de visualizações instantâneas, memes, frases espertas, celebridades bonitas a espalhar a palavra! O senhor mente! Haha. E tudo isto à luz do dia como o coelho bravo. Os comentáriosonlinetransformaram-se numa batalha entre bons e burros, e o espectáculo foi avassalador: os comediantes mais brilhantes em prime-time, dia após dia, de mão na barriga cheia de piadas do mais fino trato! Steve Colbert "destrói" Trump, Bill Maher "humilha" Trump. O ocidente engasga-se de riso, a plateia engasga-se de soberba.

A Europa por um fio

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