Ciclone Idai, Moçambique e as Alterações Climáticas
O ciclone Idai demonstrou-nos, da forma mais crua, a nossa vulnerabilidade perante tais fenómenos climáticos.
É com enorme tristeza que escrevo este artigo ainda sem conhecimento da localização de centenas de moçambicanos e de dezenas de portugueses. O ciclone Idai demonstrou-nos, da forma mais crua, a nossa vulnerabilidade perante tais fenómenos climáticos. Com o agudizar das alterações climáticas – fruto da acção humana, maioritariamente provocadas pelos países (e indústrias ou empresas) ditos desenvolvidos – estes eventos tornam-se mais regulares e intensos. Por cá, os municípios já se estão a mobilizar para apoiar este país nosso irmão, sendo que, diplomaticamente, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já partilhou a nossa solidariedade e apoiou o envio de forças militares para ajudar nos resgates. Da União Europeia vêm uns tímidos 3.5 milhões de euros, do qual faz parte o ainda mais tímido contributo nacional (não me deixa de vir à memória os mais de 14 mil milhões de euros, de todos nós, que já foram enterrados em Portugal para salvar bancos, e não vidas). Paralelamente, a nível global, até agora e compilados os dados, já se estima que a ajuda financeira possa chegar aos 52 milhões de euros (também aqui não deixo de pensar na lista da Forbes que tem no seu topo um senhor que "vale" 162 mil milhões de dólares. Algo de muito errado se passa com este sistema social e económico).
Ciclone Idai, Moçambique e as Alterações Climáticas
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