A criança e o desporto: a construção de uma política de direitos
Todos os estudos demonstram que os benefícios de uma criança praticar desporto são muito significativos: capacidade de liderança, prazer ocasionado pela prática, autoestima, autoconfiança, autorregulação emocional, sentido de cooperação, capacidade de aprendizagens motoras mais complexas e da socialização em pares.
O jogo e o desporto são uma atividade fascinante que mobiliza milhões de seres humanos em todo mundo, em todas as culturas e situações geográficas, tornando-os pessoas mais ativas, humanistas, poder de socialização e capacidade crítica de perceber os fenómenos biológicos e culturais que os envolvem. A compreensão sobre a complexidade do desenvolvimento humano e as diversas áreas científicas que suportam a explicação deste fenómeno do desporto infantojuvenil, tiveram uma contribuição decisiva durante os finais do século XX. O direito ao desporto das crianças e jovens está regulamentado na Constituição da República Portuguesa (artigo 79º), definindo que "todos têm direito à cultura física e ao desporto assumindo o estado a responsabilidade de promover esse direito". Todos os estudos demonstram que os benefícios de uma criança praticar desporto são muito significativos: capacidade de liderança, prazer ocasionado pela prática, autoestima, autoconfiança, autorregulação emocional, sentido de cooperação, capacidade de aprendizagens motoras mais complexas e da socialização em pares. Hoje em dia, temos imensas crianças e jovens a fazer atividade desportiva organizada ou estruturada, o que significa que há uma expectativa muito forte de poderem atingir sucesso. No entanto, ainda se verifica que uma grande quantidade de crianças e jovens em Portugal não têm acesso ao desporto de formação, devido a falta de motivação, interesse ou incapacidade e igualmente dificuldades financeiras e falta de tempo dos pais (precaridade social) para gerir o tempo livre dos filhos. Importa nesta matéria, não esquecer a relação entre o direito a brincar, praticar desporto e a conciliação com a formação escolar. As culturas de infância têm vindo a ser marcadas por grandes transformações nas últimas décadas quanto ao direito a brincar e ter acesso a uma formação desportiva competente em termos pedagógicos, técnicos e científicos. A visão entre o desenvolvimento humano e uma cultura jurídica capaz de atenuar esses novos problemas, passaram a ser urgentes no sentido de humanizar (ética & fair play) os contextos de prática de formação desportiva. A expetativa de uma grande mudança na vida humana a curto e médio prazo (inteligência artificial, robótica, neurociências, genética, etc.), vão alterar significativamente a configuração destas práticas em termos formativos e organizacionais. Se por um lado queremos resgatar um mundo mais natural, humanizado e sustentável, por outro lado necessitamos de conviver com uma realidade virtual e digital. Os campeões não se fazem à pressa. Podem encontrar-se crianças e jovens habilidosas em todos os contextos (educação física escolar, desporto escolar, clubes desportivos, etc.), mas deve-se respeitar o seu processo de desenvolvimento e as suas motivações intrínsecas e expetativas quanto à sua formação desportiva. Na infância e juventude é urgente encontrar estratégias de ação para melhorar o seu reportório motor, lúdico e desportivo.
A criança e o desporto: a construção de uma política de direitos
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.