Sábado – Pense por si

A Porteira
A Porteira
27 de janeiro de 2017 às 09:08

Casa onde não há pão...

E vocês, que são tão certinhas, se me estão a ler na hora de expediente, vejam lá se vão pôr cinco euros na mesa do patrão, por este tempo que lhe roubaram. Pois é, disso ninguém fala. Já dizia a minha avó: refresco no rabo dos outros é pimenta

Agora anda tudo muito chateado com a Padaria Portuguesa porque diz que pagam mal aos empregados e que querem despedir quem lá trabalha. Eu acho mal. Acho mal tudo, em geral. Por exemplos: acho mal tomarem o pequeno-almoço fora. Claro que depois andam a chorar que não têm dinheiro. Ainda por cima, é mesmo quem ganha o salário mínimo e com contrato a prazo que toma o pequeno-almoço mais vezes na rua, porque à hora que saem de casa ainda está o padeiro a dormir. Não é como esses calões dos recibos verdes que dá o meio-dia e a uma hora e ainda estão às voltas na cama.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.