Um guia de Vila do Bispo ao Cercal do Alentejo com conversas salgadas no backstage; um bolo para salvar uma entrevistada (resultou); um cheiro difícil e esqueletos para fazer fotografias (resistimos).
Há reportagens feitas de quilómetros na estrada. Esta semana, foram muitos, de sul para norte, de Vila do Bispo a Cercal do Alentejo, com praia, sol e boa vida: hotéis e restaurantes, clássicos e novidades, praias e refúgios, e até surf, entre mar e interior. É agosto, e contamos-lhe como o pode aproveitar no Alentejo. Mas nas conversas com os jornalistas Ricardo Santos e Vítor Mota surgiu outra realidade: a da contestação a estufas, eucaliptos e imigrantes. As primeiras por estarem a afetar os recursos hídricos da região; os segundos pelo efeito que têm na paisagem do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina; os terceiros por já serem mais de metade da população de Vila Nova de Milfontes. Há uma tensão nova, no discurso de empresários e residentes, entre a indústria que vive de turistas ingleses, franceses ou americanos (e portugueses, claro) e os setores que vivem, necessariamente, de nepaleses, paquistaneses e bengalis, a caminhar pela berma da estrada, sentados no pontão a ver mulheres de biquíni e a fazer o trabalho que, por cá, mais ninguém quer. Até um pedido de desculpas houve por uma conversa excessiva. Mas isso é tema para o inverno. Haja sol, para todos.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.