O tempo que ficou para trás
Contamos como era a vida maravilhosa dos portugueses em Angola e Moçambique antes das independências, fomos entrevistar o presidente da Câmara de Odemira e recordamos a vida de Maria João Abreu, uma atriz que espalhava afetos.
Para traçar o fiel retrato de como era a vida dos portugueses em Angola e Moçambique antes das independências, o jornalista Marco Alves contou com uma preciosa ajuda: os inúmeros grupos fechados no Facebook, nos quais milhares de retornados se reúnem e matam as saudades de tempos que ficaram para trás. A palavra mais usada por quem recorda esses dias é mesmo essa: saudade. E pena por, na época, não existirem meios para tirar facilmente tantas fotografias como hoje. Para ilustrar a reportagem, contámos com a disponibilidade do fotógrafo luso-francês, Jean-Charles Pinheira, que percorreu Angola no início dos anos 70 e cedeu gratuitamente inúmeras imagens que fazem parte dos seus livros. Hoje, com 89 anos, o fotojornalista não parou: em junho, vai lançar o oitavo volume das suas fotografias sobre Angola, agora acerca da guerra.
Sem tempo para fazer a barba
Enquanto era fotografado nas ruas de Odemira, o presidente da câmara, José Alberto Guerreiro, explicava à editora executiva Maria Henrique Espada o que está diferente, após a crise que pôs o concelho sob os holofotes do País: "Antes deste pico de atenção, aqui mesmo onde estamos, a esta hora, era um corrupio de migrantes de um lado para o outro." Ali na rua, mas também nas filas de horas para as Finanças, a Segurança Social, e no banco. O atual silêncio e o vazio mostram que houve muitos a sair à pressa e que parte do inferno criado em Odemira se deveu a esquemas de legalização para entrada no espaço Schengen, que a mudança da lei permitiu e a falta de fiscalização alimentou - e aí o autarca socialista a quem o drama bateu à porta está longe de concordar com a visão e com a atuação do Governo do seu partido. Se as ruas estão mais calmas, o dia a dia do presidente da câmara nem por isso. No dia em que recebeu aSÁBADOtinha dormido duas horas e lamentou não ter sequer tido tempo de fazer a barba.
Uma pessoa boa
Ao escrever o obituário de Maria João Abreu, a jornalista Lucília Galha apercebeu-se de uma coisa: a atriz era uma pessoa de afetos. Para além dos abraços que dava - dizia aos colegas "Eu posso, que já tive Covid" - não se coibia de dizer aos outros o quanto gostava deles. Na última vez que contracenaram, Custódia Gallego disse-lhe: "Não precisas de dizer que gostas de mim porque a gente vê-se todos os dias." Mas Maria João dizia na mesma. E ainda bem. Vai deixar saudades.
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