Comandante e 14 navios da Marinha turca desaparecidos desde o golpe militar

O almirante Veysel Kosele, comandante da Marinha da Turquia, está incontactável desde a noite de sexta-feira, 15 de Julho, ou seja, desde a tentativa falhada de golpe de estado para depor o governo turco, noticiou hoje o The Times. Não se sabe se seria um dos conspiradores ou se terá sido feito refém.

Além disso, há 14 navios da Marinha turca desaparecidos. Há suspeitas de que os respectivos comandantes pertencessem aos golpistas e tenham fugido para a Grécia. Os navios estavam em serviço no mar Egeu ou no Mar Negro e não estabeleceram contacto ou regressaram ao porto desde sexta.

Entretanto, sabe-se agora que os soldados que foram enviados para deter o presidente Erdogan na sexta-feira, no hotel de Marmaris onde se encontrava de férias com a família, tinham recebido ordem para "capturar um importante líder terrorista", revelou a agência de notícias Anatolia.

Os soldados das forças especiais que foram levados por via aérea para atacar o hotel onde estava Erdogan, disseram que só souberam do golpe militar durante o voo. Dois dos guarda-costas do Presidente foram mortos no ataque e Erdogan disse numa entrevista que se tivesse ficado mais 10 ou 15 minutos teria sido capturado ou morto.

No rescaldo do golpe, continuam as purgas. Soube-se esta terça-feira, 19 de Julho, que 15.000 funcionários do Ministério da Educação foram suspensos e que o Alto Comité para a Educação deu ordem a mais de 1.500 reitores de universidades do país (públicas e privadas) para renunciarem aos cargos. Também 399 funcionários do ministério da Família e das Políticas Sociais foram demitidos.

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