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Atirador de Parkland quer doar herança a instituições de caridade

Nikolas Cruz "não quer beneficiar dos fundos" da apólice do seguro de vida a que tem direito devido à morte da mãe, em Novembro passado.

A advogada do autor do massacre de Parkland, em Fevereiro último, disse que o cliente vai renunciar à herança da mãe e doar o dinheiro a organizações escolhidas pelos familiares das vítimas do tiroteio.

Nikolas Cruz "não quer beneficiar dos fundos" da apólice do seguro de vida [cerca de um milhão de euros] a que tem direito devido à morte da mãe, em Novembro passado, afirmou a advogada, Melisa McNeill, durante uma audiência, na quarta-feira.

Pelo contrário, Cruz, de 19 anos, deseja que esse dinheiro seja transferido para organizações de solidariedade escolhidas pelas famílias das vítimas do tiroteio numa escola em Parkland, onde o adolescente matou 14 alunos e três professores com uma espingarda automática, a 14 de Fevereiro último.

A audiência teve como finalidade perceber a situação financeira de Cruz antes de determinar se o acusado pode pagar os serviços de defesa, ou se os contribuintes da Flórida têm que arcar com as despesas dos advogados oficiosos.

Em Março, as autoridades tinham indicado que o arguido tinha nas contas bancárias pelo menos 35 mil euros, embora seja possível que o jovem disponha de uma quantia muito maior, o que ainda está por esclarecer.

Cruz é acusado do massacre ocorrido no dia de São Valentim, no liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, onde matou 17 pessoas e feriu 16. A acusação inclui também 17 tentativas de homicídio.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

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Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.