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Afeganistão: As raparigas que vivem como rapazes para não casar

Lucília Galha
Lucília Galha 19 de fevereiro de 2017 às 11:00

Passam a usar o cabelo curtinho, mudam de nome. É a única forma de não chegarem ao altar ainda com brinquedos na mão

Aos 8 anos, uma rapariga ocidental brinca ao faz de conta. Faz de conta que já é crescida, que se apaixona pelo rapaz mais giro da escola, que os dois casam e formam uma grande família. Aos 8 anos, uma rapariga afegã que até então sempre usou tranças e vestidos, muda radicalmente de visual: corta o cabelo curtinho, passa a vestir-se como os irmãos e amigos e até responde por um novo nome. Faz de conta que é um rapaz. A transformação tem um propósito: passar despercebida numa sociedade que considera as mulheres um bem material.

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