A margem de manobra de Netanyahu tornou-se mais estreita e a sua carreira política pode ter chegado ao fim. Resta-lhe uma opção: destruir o Hamas e neutralizar a ameaça iraniana. Mas o Irão também pode mandar avançar o Hezbollah, a partir do Líbano, e abrir uma nova frente de combate.
O momento escolhido pelo Hamas para investir contra Israel não poderia ter sido melhor. Há meses que o governo de Benjamin Netanyahu se encontra sitiado, desafiado nas ruas por metade do país, incluindo setores das forças armadas e das agências de informação. Alegam que a reforma do sistema judicial apresentada pelo primeiro-ministro equivale à aniquilação da democracia hebraica. Com o país protegido pela Cúpula de Ferro e a fronteira de Gaza selada, a maioria parlamentar chefiada pelo Likud (fruto de acordos com formações radicais que descartam qualquer espécie de entendimento com os palestinianos) desvalorizou os perigos vindos de Gaza. Sucessivos governos israelitas limitaram-se a retaliar cada vez que o Hamas – uma organização islamista criada em 1987 que enjeita a estratégia gradualista prosseguida pelo Fatah – lançava os seus rockets. Com Benjamin Netanyahu a acreditar ser possível “gerir “ o Hamas através da contenção, instalou-se, paulatinamente, um falso clima de segurança que, bruscamente, ruiu no fim de semana passado.
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Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso