Zuckerberg: Facebook "não vende os dados dos utilizadores"
O fundador do Facebook assumiu ao Senado norte-americano que errou. "O que vemos aqui é que as pessoas escolheram partilhar informação com um programador que foi transferida para fora do nosso sistema."
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou esclarecimentos no Senado dos Estados Unidos (câmara alta do Congresso), numa audição de mais de quatro horas. O gancho foi a polémica que envolve a obtenção de dados de utilizadores daquela reconhecida rede social pela consultora Cambridge Analytica. "O que vemos aqui é que as pessoas escolheram partilhar informação com um programador que foi transferida para fora do nosso sistema", explicou.
"Espero que aquilo que fazemos com os dados não seja uma surpresa para as pessoas, acho que neste caso as pessoas não esperavam que os seus dados fossem vendidos à Cambridge Analytica", respondeu Zuckerberg ao senador Mike Lee, que lembrava que o modelo de negócio do Facebook se baseia na monetização dos dados das pessoas. Zuckerberg disse ainda que "há gente na Rússia cujo trabalho é explorar os nossos sistemas e outros sistemas de Internet também".
Para Zuckerberg, a Cambridge Analytica não mediu adequadamente "a responsabilidade" de fornecer dados de forma ilegal para a campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos, em 2016 - e admite que "foi um grande erro" não ter impedido a empresa mais cedo. "Foi o meu erro e sinto muito", disse o presidente e fundador do gigante tecnológico, na audição do comité de Justiça do Senado norte-americano.
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