Secções
Entrar

Uma das vítimas mortais do ataque a sinagoga em Manchester foi atingida acidentalmente pela polícia

Débora Calheiros Lourenço 03 de outubro de 2025 às 17:11

Uma das vítimas que ainda se encontra hospitalizada também foi baleada.

no ataque a uma sinagoga na cidade inglesa de Manchester foi baleado acidentalmente por um polícia enquanto a população tentava impedir o agressor de entrar no prédio. 
Ataque a sinagoga em Manchester: comunidade judaica apoia-se após o incidente Peter Byrne/PA via AP
A informação foi avançada pelas autoridades locais que confirmaram a morte de , no seguimento do ataque à Sinagoga da Congregação de Heaton Park durante o Yom Kippur, o feriado mais importante do calendário judaico, que se realizou na quinta-feira. Neste momento três pessoas ainda estão hospitalizadas em estado grave.   Passados sete minutos de um homem ter atropelado pedestre em frente à sinagoga e os ter atacado com uma faca a polícia chegou ao local e disparou contra um suspeito, matando-o. Na altura as autoridades acreditavam que o suspeito se encontrava com um cinto de explosivos, que mais tarde foi descoberto ser falso.   Agora o chefe da polícia de Manchester, Stephen Watson, disse que um patologista determinou provisoriamente que um dos mortos tinha falecido devido a ferimentos de uma bala e uma vez que o agressor não estava armado o ferimento pode ser “uma consequência trágica e imprevista” das ações policiais no local. Uma das vítimas hospitalizadas também foi baleada: “Acredita-se que as duas vítimas estavam próximas uma da outra, atrás da porta da sinagoga, enquanto os fiéis agiram corajosamente para impedir que o agressor entrasse”.   A polícia considerou o ataque como um ato de terrorismo, mas refere que ainda está a trabalhar para identificar o motivo. A polícia identificou o agressor como sendo Jihad Al-Shamie, um cidadão britânico de 35 anos com ascendência síria que entrou no Reino Unido quando ainda era criança e se tornou cidadão em 2006.  Em inglês Al-Shamie significa “o sírio” pelo que as autoridades ainda não têm a certeza se se trata realmente do nome do agressor ou de uma alcunha.   A secretária da Administração Interna, Shabana Mahmood, referiu que o agressor não tinha registo criminal nem fazia parte do Prevent, um programa antiterrorismo que tem como objetivo identificar pessoas em risco de radicalização. A responsável considerou que ainda “é muito cedo para saber” se o agressor agiu sozinho ou se fazia parte de um grupo, até ao momento foram detidos mais dois homens na faixa dos 30 anos e uma mulher na faixa dos 60 anos sob suspeitas de que estavam a planear um ataque terrorista relacionado com o de quinta-feira.  
Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela