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Ucrânia: Finlândia proíbe russos de comprar imóveis por razões de segurança

Lusa 11 de abril de 2025 às 17:02

A lei será aplicada por fases e afetará todos os cidadãos cujos países "estejam a travar uma guerra de agressão e possam ameaçar a segurança nacional da Finlândia".

O parlamento finlandês aprovou esta sexta-feira, 11, uma proposta do Governo para proibir os cidadãos russos de comprar bens imobiliários na Finlândia por razões de segurança.

Lehtikuva/Sasu Makinen via REUTERS

A decisão constitui um exercício de "demonstração da unanimidade nacional", afirmou o ministro da Defesa, Antti Hakkanen, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.

Hakkanen disse que a proposta visa reforçar a segurança nacional e congratulou-se com o apoio do parlamento, segundo um comunicado do ministério.

A lei será aplicada por fases e afetará todos os cidadãos cujos países "estejam a travar uma guerra de agressão e possam ameaçar a segurança nacional da Finlândia".

A proposta teve por base uma ideia inicial em que a Rússia foi apontada como uma nação desestabilizadora.

O ministro disse que o objetivo é minimizar os possíveis riscos, uma vez que a compra de imóveis "pode ser uma outra forma de influência hostil".

Acrescentou que já está a ser trabalhada outra legislação para melhorar a forma como se pode intervir em imóveis já adquiridos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que esteve sob a esfera de Moscovo até ao colapso da União Soviética em 1991.

Outra das razões para a invasão foi a aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) às fronteiras da Rússia com a adesão de países da esfera soviética.

Antes da invasão, Moscovo chegou a exigir o recuo da NATO para as fronteiras anteriores ao alargamento ao leste europeu, bem como garantias por tratado de que a Ucrânia e a Geórgia nunca seriam membros da Aliança Atlântica.

A NATO recusou tais exigências.

Na sequência da invasão da Ucrânia, a Finlândia aderiu à NATO em abril de 2023, pondo termo a uma política histórica de não-alinhamento militar.

A Suécia, que partilha uma fronteira marítima com a Rússia, fez o mesmo no ano seguinte.

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia que constitui uma parte significativa do flanco nordeste da NATO e funciona como fronteira externa da União Europeia no norte.

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